Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o apoio do BNDES à fusão trará como consequência o desemprego no país. O senador acusou o banco de praticar uma política pseudo-desenvolvimentista, que explicaria "o enorme carinho" que os grande capitalistas brasileiros sentem pelo PT.
- Eu duvido que o governo francês emprestasse dinheiro para o Carrefour ficar sócio do Pão de Açúcar. Se fizesse, o ministro sairia preso de lá. É impossível, inconcebível, esse tipo de operação na França, aí recorrem ao Brasil - disse.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), por sua vez, lembrou que a fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour representará o controle de 32% do setor de supermercados no país o que, segundo ele, gerará desemprego financiado com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador e do BNDES.
- Esse tipo de operação burla regras de mercado porque um grupo está sendo financiado com recursos do Estado brasileiro para ampliar sua participação no mercado. Assim é muito fácil fazer empreendedorismo no Brasil. Pena que esse tipo de financiamento não ocorre para o conjunto dos empresários brasileiros - lamentou.
Em defesa da medida provisória e do BNDES, o relator da proposta na Casa, senador Lindbergh Farias (PT-RJ) assegurou que o projeto em votação no Senado "nada tinha a ver" com a fusão do Pão de Açúcar e do Carrefour. O senador argumentou que o debate em Plenário "saiu do rumo" e que a matéria em votação tratava de uma proposta séria de desenvolvimento do país.
- O aporte de R$ 55 bilhões não é para a fusão, que, inclusive, ainda nem foi feita. Por enquanto houve apenas um enquadramento técnico, não houve decisão de diretoria - afirmou.
com informações da Agência senado
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