A tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro mostra que não há mais tempo a perder: é preciso superar velhos tabus e adotar, com urgência, uma política firme e responsável de remoção das pessoas que vivem em áreas de risco.
O amanhecer no Rio de Janeiro na terça-feira 6 foi estranho sob todos os aspectos. Não havia ruído de carros, as ruas estavam vazias e as lojas fechadas. Em muitos bairros, o que era calçada tinha virado um amontoado de lama, avenidas tinham se alinhado à Lagoa, crateras se abriram no solo, a chuva que caíra forte durante a noite ainda castigava a cidade e o vento varria o nada – porque era o nada que ocupava o espaço público do mais belo cartão-postal do País. O Rio entrara em colapso. Não era uma parte, uma região, um lugar. Desde a requintada zona sul, passando pela zona norte e indo até os confins da zona oeste, tudo parou e todos, ricos e pobres, foram afetados.
da Revista Istoé
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