´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vereador mapeia reduto eleitoral com verba pública

Parte da verba indenizatória da Câmara de São Paulo tem sido empregada em um sofisticado mapeamento dos redutos eleitorais de vereadores. O serviço, tido como ferramenta "revolucionária", é feito pela Workline System Consultores. Na edição de ontem, o "Estado" mostrou quanto e como os parlamentares aplicam a verba suplementar de R$ 14.800 mensais a que cada um tem direito para custear os seus gabinetes.

Desde abril do ano passado, quando o detalhamento dos gastos dos gabinetes ficou disponível para consulta na internet, a empresa de informática recebeu R$ 132,1 mil de 19 dos 55 vereadores - maior repasse para uma prestadora de serviços privada, atrás apenas dos Correios (R$ 1,57 milhão no mesmo período). As duas ferramentas mais procuradas pelos clientes da Workline são o "Gabinete online" - espécie de cadastro digital, no qual são inseridos os dados das pessoas que procuram o gabinete e as demandas - e os chamados "Mapas do trabalho" - georreferenciamento que indica onde vivem os eleitores, projetos em andamento, casos resolvidos e problemas do bairro.

Como os vereadores não podem comprar o software do gabinete online sem licitação - a Lei 8.666/97 proíbe contratações acima de R$ 8 mil -, a Workline resolveu "alugar" o programa. O custo mensal do serviço é de R$ 450, mas frequentemente os reembolsos pagos superam o valor, chegando a R$ 6 mil. "Às vezes o custo aumenta porque os vereadores pedem o mapeamento de seus eleitores nas zonas eleitorais", afirma um dos sócios da Workline, Wagner Sorban.

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da Agência Estado

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