O Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia (RO) obteve condenação de um agente da Polícia Federal que exigia propina para não fiscalizar extração ilegal de madeira. O policial federal José Cadete da Silva trabalhava em Vilhena e foi condenado à perda do cargo público, quatro anos de prestação de serviços à comunidade e pagamento de pena pecuniária de 120 dias-multa e mais R$ 10 mil a serem destinados a uma instituição beneficente.
Na denúncia apresentada pelo MPF, há a transcrição de diálogo telefônico entre o policial federal e um classificador de madeira. Os dois tentaram usar códigos, mas não conseguiram esconder a negociação de propina. O policial exigiu quatro mil reais para que não fosse feita fiscalização pela Polícia Federal em uma área no município de Comodoro (MT), próximo a Vilhena.
A interceptação telefônica foi autorizada pela Justiça e revelou que o agente fazia este tipo de transação de forma continuada, repassava informações sobre a movimentação da Polícia Federal na região e usava de ameaça velada para exigir a propina, valendo-se de sua condição profissional. Na decisão, a Justiça Federal condenou o policial por crime de concussão, artigo 316 do Código Penal.
O agente também responde a uma ação penal por possível participação em uma organização criminosa que entrava sem autorização na Reserva Roosevelt, terra indígena Cinta-Larga, para extração de diamantes.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República em Rondônia
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