"A imprensa tem oportunidade de se configurar como instituição relevante para aperfeiçoamento dos nossos costumes e instituições políticas. Refiro-me à urgência da autorregulação da nossa atividade", disse Basile.
"Não há outro jeito. Temos encontro marcado com a autorregulação. Tão mais tortuoso e torturado será nosso caminho, quanto mais tempo adiarmos essa convergência da imprensa com seu destino", acrescentou durante o encontro, aberto pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
Embora não represente a posição oficial de outras entidades, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a autorregulação já conta com apoio de seus presidentes. "Sou francamente favorável. A sociedade veria com bons olhos se tivéssemos essa atitude. Mas reforço: a ANJ está discutindo e deve ter uma posição em breve", disse a presidente da ANJ, Judith Brito, depois do encerramento da conferência.
"Essa é uma discussão oportuna, especialmente depois do julgamento da Lei de Imprensa. É o passo seguinte que está sendo amadurecido e debatido", disse o presidente da Abert, Daniel Slaviero.
O deputado José Genoino (PT-SP) criticou a imprensa por buscar "fofoca e escândalo", classificando de "sadomasoquista" a relação entre Congresso e mídia. "Essa espetacularização gera visão banalizada do Legislativo, que produz leis importantes para a sociedade", disse o petista, acusado de participação no mensalão do PT.
No painel sobre o papel dos meios de comunicação no aperfeiçoamento da democracia representativa brasileira, o jornalista Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, defendeu a liberdade de imprensa e o direito à informação como um "direito absoluto" para todos os cidadãos.
Do jornal o Estado de S.Paulo
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