Políticos ganhavam com superfaturamento de shows e emendas orçamentárias.
O Ministério Público Federal em Campos (RJ) moveu ação de improbidade administrativa contra os 17 vereadores da cidade, além do empresário Antonio Geraldo Fonseca Seves e a Controladora Geral do município de Campos Marcilene Barreto Nunes Daflon. A ação quer o afastamento deles da Câmara Municipal e a devolução de todo ganho ilícito aos cofres da União e do município, além da indisponibilidade de bens, a perda definitiva de seus cargos públicos e a suspensão temporária dos direitos políticos. A ação é uma continuidade das investigações desenvolvidas a partir das Operações Probus e Telhado de Vidro, deflagradas em março deste ano.
O MPF encaminhou à 2ª Vara Federal de Campos várias provas, entre elas faturas de shows e emendas orçamentárias, que comprovam que os vereadores se beneficiavam com o superfaturamento de vários contratos. Além disso, centenas de empregados que ficavam à disposição dos vereadores foram contratados por meio da Fundação José Pelúcio. Segundo o procurador Eduardo Santos de Oliveira, autor da ação, boa parte desses empregados não soube informar suas atividades e sequer sabiam o nome do seu chefe imediato. A existência de agentes comunitários chamou particularmente a atenção do MPF.
O MPF também enviou ao MP Estadual uma cópia das duas primeiras ações de improbidade, contra o prefeito Alexandre Mocaiber, secretários de sua gestão e particulares, para que o promotor de Justiça Êvanes Soares Júnior avalie a necessidade de adotar alguma providência.
A ação de improbidade alcança todos os vereadores de Campos: Marcos Vieira Bacellar, Geraldo Venâncio, Aílton da Silva Tavares, Sadi Francisco da Silva, Abdu Neme Jorge Makhluf Neto, Alciones Cordeiro Borges, Dante Pinto Lucas, Ederval Azeredo Venâncio, Edson Batista, Jorge Gama Alves, Kelenson Ayres Figueiredo de Souza, Marcus Alexandre dos Santos Ferreira, Maria da Penha de Oliveira Martins, Nelson Nahim Matheus de Oliveira, Nildo Nunes Cardoso, Otávio Antonio Leite Cabral, Álvaro César Gomes Faria. Além deles, respondem à ação o empresário (ligado ao ramo artístico) Antonio Geraldo Seves e a Controladora Geral do município de Campos Marcilene Barreto Nunes Daflon (que detinha o poder para autorizar todas as despesas).
Fonte: da Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República no Rio de Janeiro
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