A empresa francesa Dassault terá até o próximo dia 21 de setembro para formalizar junto à Força Aérea Brasileira uma nova proposta comercial para os caças Rafale que esteja compatível com os parâmetros referidos pelo presidente francês Nicolas Sarcozy. A data limite vale também para que as outras duas empresas concorrentes –Boeing (F-18) e SAAB (Gripen NG) – apresentem eventuais propostas que busquem equiparar-se à francesa.
A expectativa da FAB é concluir o processo de análise técnica até o fim de outubro, para que as informações sejam entregues ao ministro da Defesa, que as conduzirá ao Presidente da República. Ao presidente caberá fazer a análise política e estratégica e tomar a decisão final.
“Agora, têm que ser avaliadas as propostas. Os compromissos que o presidente Sarkozy fez terão que se transformar em ofertas da própria Dassault”, explicou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na última quinta-feira. “O importante é que há uma decisão política do presidente da República de ampliar a sua aliança estratégica com a França. ... para que essa decisão política possa ser executada, vai depender da Dassault e também das outras, porque aí você precisa ter comparativo”, disse o ministro.
Jobim avaliou que o processo está seguindo seu curso normal e rebate as críticas dos que afirmam que houve precipitação do governo ao anunciar a preferência pelo Rafale, dentro das condições conversadas com o governo francês. “Quem se precipitou foi aquele que concluiu alguma coisa que não foi dita, tanto é que o presidente disse “vamos retomar as negociações”.
Durante a entrevista coletiva concedida pelos presidentes Lula e Sarkozy, em 7 de setembro, diante da insistência dos jornalistas em saber se haveria ou não cancelamento das negociações com os concorrentes da Dassault, o presidente respondeu: “Os nossos companheiros trabalharam até quase duas horas da manhã. Eu sequer tive tempo de fazer uma reunião com o Ministro da Defesa para discutir toda a profundidade das discussões que eles tiveram. O que significa, claramente, é o que está na nota, nada mais e nem menos que isso, ou seja, nós decidimos começar as negociações para a compra do Rafale.”
Fonte: da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa
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