´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Audiência sobre suposta fraude na merenda escolar é remarcada em Canoas

Acompanhado dos advogados, Ronchetti (C) disse que é inocenteFoto:Valdir Friolin

MPF deve julgar áudios da Operação Solidária no próximo dia 26

Por Eduardo Matos eduardo.matos@rdgaucha.com.br - Zero Hora


A audiência do processo de improbidade administrativa com a suposta fraude no contrato de fornecimento de merenda escolar em Canoas foi adiada ontem (19). O juiz Guilherme Pinho Machado acatou pedidos de advogados de defesa. O Ministério Publico Federal (MPF) julgaria áudios da Operação Solidária que constam em processo criminal. A nova data foi marcada para o dia 26 de outubro, às 14h30min.

O MPF, por meio do procurador Adriano Raudi anunciou no início da audiência de hoje que divulgaria áudios da Operação Solidária, que investiga fraudes em licitações. Segundo o MPF, quase R$ 6 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos na gestão do ex-prefeito de Canoas Marcos Ronchetti.

Ele é um dos 11 réus juntamente com o ex-secretário de governo Chico Fraga e o ex-secretário de Educação Marcos Zandonai, além das empresas SP Alimentação e Gourmaitre Cozinha Industrial e Alimentação e representantes das mesmas.

De acordo com o MPF, durante a gestão de Ronchetti, a prefeitura faria uma espécie de licitação dirigida para a SP Alimentação e, segundo os procuradores, não permitia uma fiscalização mais efetiva por parte do Conselho de Alimentação Escolar de Canoas no contrato de fornecimento da merenda.

— Ao fim do processo todos ficarão sabendo que sou inocente — disse Ronchetti após a decisão.

Ricardo Cunha Martins, advogado de Chico Fraga, afirmou que foi um decisão acertada do juiz adiar a audiência por que as partes não tiveram acesso às novas provas. O juiz explicou que as partes foram intimadas na última quinta-feira, dia 15, e que realmente o tempo para análise foi curto. Com isso, a audiência foi remarcada para "evitar nulidades futuras no processo".

O procurador saiu sem falar com a imprensa.

RÁDIO GAÚCHA

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