Em pronunciamento nesta terça-feira (8), o senador Mão Santa (PMDB-PI) criticou a criação da TV Brasil, apontando para o risco de sua instrumentalização política. A TV Brasil foi criada por meio de medida provisória aprovada em sessão do Senado realizada em 12 de março último, sem a presença da oposição. Na ocasião, os líderes dos partidos de oposição no Senado orientaram os integrantes de suas bancadas a deixarem o Plenário em sinal de protesto.
Em reforço às suas críticas, Mão Santa citou artigo do jornalista Luiz Lobo, do jornal O Estado de S. Paulo, denominado "TV Chapa Branca", no qual o jornalista afirma que "se havia alguma dúvida com relação ao risco de instrumentalização política da TV Pública, ela foi desfeita por dois fatos recentes: a demissão do próprio autor do artigo da TV Brasil, por ter-se recusado a interferir no noticiário em favor do Palácio do Planalto, e o fato de o jornalista Eugênio Bucci ter declarado em livro que teve grandes dificuldades para manter um padrão de isenção na Radiobrás nos quatro anos em que dirigiu a empresa.
Mão Santa afirmou que "a democracia depende da liberdade de expressão", frisando que atos de governo contrários a essa premissa levam ao absolutismo. O senador lembrou que Joseph Goebells, ministro da propaganda nazista de Adolf Hitler, fazia com que o kaiser utilizasse de forma monopolista o instrumento de comunicação ao alcance das massas nos anos 30: o rádio. Por meio dele, dirigia-se ao povo e, principalmente, aos operários nas fábricas, em horários escolhidos criteriosamente.
da Agência Senado
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