´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mão Santa volta a criticar a criação da TV Brasil


Em pronunciamento nesta terça-feira (8), o senador Mão Santa (PMDB-PI) criticou a criação da TV Brasil, apontando para o risco de sua instrumentalização política. A TV Brasil foi criada por meio de medida provisória aprovada em sessão do Senado realizada em 12 de março último, sem a presença da oposição. Na ocasião, os líderes dos partidos de oposição no Senado orientaram os integrantes de suas bancadas a deixarem o Plenário em sinal de protesto.

Em reforço às suas críticas, Mão Santa citou artigo do jornalista Luiz Lobo, do jornal O Estado de S. Paulo, denominado "TV Chapa Branca", no qual o jornalista afirma que "se havia alguma dúvida com relação ao risco de instrumentalização política da TV Pública, ela foi desfeita por dois fatos recentes: a demissão do próprio autor do artigo da TV Brasil, por ter-se recusado a interferir no noticiário em favor do Palácio do Planalto, e o fato de o jornalista Eugênio Bucci ter declarado em livro que teve grandes dificuldades para manter um padrão de isenção na Radiobrás nos quatro anos em que dirigiu a empresa.

Mão Santa afirmou que "a democracia depende da liberdade de expressão", frisando que atos de governo contrários a essa premissa levam ao absolutismo. O senador lembrou que Joseph Goebells, ministro da propaganda nazista de Adolf Hitler, fazia com que o kaiser utilizasse de forma monopolista o instrumento de comunicação ao alcance das massas nos anos 30: o rádio. Por meio dele, dirigia-se ao povo e, principalmente, aos operários nas fábricas, em horários escolhidos criteriosamente.

da Agência Senado

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