´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

quinta-feira, 20 de março de 2008

CGU admite que não fiscaliza a Presidência da República

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, disse ontem à CPMI dos Cartões Corporativos que a CGU não tem nenhuma jurisdição sobre órgãos da Presidência da República nem sobre os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. Hage explicou que esses dois últimos possuem secretarias de controle interno próprias, mas não soube justificar a razão de a CGU não fiscalizar a Presidência da República. Segundo Jorge Hage, essas exceções foram criadas em 2001.

Ao explicar o funcionamento da CGU para os integrantes da CPMI, Hage disse que, em virtude de ações de controle interno do órgão, 1.421 servidores ativos foram demitidos, 108 ocupantes de cargos em comissão foram exonerados e 93 servidores inativos perderam sua aposentadoria. De acordo com o ministro, 70% desses desligamentos decorreram de atos de corrupção. O restante, segundo ele, foi demitido por infrações administrativas.

Sigilo

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse, antes do início da audiência com Hage, que, se a CPMI não quebrar sigilo sobre a movimentação de órgãos da Presidência da República com cartões corporativos, "ela se constituirá em uma grande farsa".

Ele negou que tenha pedido ao presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, para interferir na CPMI como foi noticiado pela imprensa. "Eu pedi a ele que articulasse um acordo de procedimentos com a base aliada para que a CPMI pudesse cumprir seu objetivo final, que é fazer o diagnóstico da realidade do mau uso de cartões corporativos e apontar os responsáveis".

da Agência Câmara

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