O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, admitiu minutos atrás, em reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, que o acompanhamento, feito pelo órgão, dos gastos das empresas estatais está abaixo do que, de forma ideal, "se possa pretender que seja algum dia".
Hage observou que a execução do orçamento das estatais está fora do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), embora haja discussão muito antiga para que o sistema abranja também esses dados.
Além disso, ele observou que os cartões das estatais não são regidos pelo mesmo contrato feito entre o governo e o Banco do Brasil para os cartões corporativos da administração direta.
Observou que as estatais possuem suas auditorias internas que, proporcionalmente, dispõem de estruturas ainda maiores que a da CGU. Mesmo assim, ele disse que o órgão de controle interno do governo acompanha, por amostragem, os gastos dos cartões das estatais, assim teria identificado problemas no uso dos cartões pelo Banco do Nordeste, inclusive compras sem comprovação de gastos.
Hage também confirmou, há pouco, que havia determinado a retirada, do Portal da Transparência (mantido pela CGU na Internet), de "uma ou duas informações" sobre o uso de cartões por ministérios. Segundo ele, isso foi feito a pedido de titulares das áreas, depois de comprovado que os gastos estavam atrelados a rubricas sigilosas e haviam sido erroneamente identificados no portal.
da Agência Senado
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