´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

terça-feira, 4 de março de 2008

Delegado da PF em Marília (SP) é condenado por concussão e perde o cargo

Esta é a segunda condenação decorrente da Operação Oeste e a primeira contra o ex-delegado chefe da PF em Marília, que responde outras quatro ações penais.

O ex-delegado chefe da Polícia Federal em Marília, Washington da Cunha Menezes, foi condenado, no último dia 28 de fevereiro, a pena de quatro anos e oito meses de reclusão, em regime fechado, pelo crime de concussão (crime de extorsão praticado por funcionário público). A sentença do juiz Renato Câmara Nigro, da 3ª Vara Federal de Marília, determina também a perda do cargo público e o pagamento de 15 dias-multa, no valor de dois salários mínimos cada, ao delegado.

Menezes está preso preventivamente desde junho de 2007 e responde a mais quatro processos criminais em decorrência da Operação Oeste, deflagrada pela Polícia Federal em abril de 2007, para combater uma quadrilha formada por policiais federais, delegado da polícia civil, empresários e criminosos que atuava na região oeste do estado.

No caso que resultou na condenação, aberto em agosto de 2007, segundo apurado, o MPF acusa Menezes de ter pressionado o ex-cabo da PM e empresário do ramo de segurança, Silvio César Madureira, a pagar despesas de hospedagem em um hotel de Marília.

Nos outros quatro processos que responde na Operação Oeste, Menezes é acusado dos crimes de peculato (três vezes), quadrilha e corrupção passiva. Ele é investigado também por lavagem de dinheiro. Além disso, o ex-chefe da PF em Marília responde também a três ações de improbidade administrativa.

Outra condenação – Em menos de um ano, esta é a segunda condenação resultante dos processos da Operação Oeste. Em dezembro do ano passado, o juiz federal Leonardo Pessorusso de Queiroz condenou o advogado João Simão Neto a dois anos de prisão em regime aberto pelo crime de coação no curso do processo.

Simão Neto, que também responde pelo crime de corrupção ativa na Operação Oeste, poderá recorrer em liberdade. O MPF e a defesa já recorreram da decisão.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, oferecida em agosto de 2007, ele intimidou uma testemunha, que também é réu na Operação Oeste, pouco antes do depoimento dela, enquanto aguardava na sala de espera da Justiça Federal em Marília. A cena foi vista por duas testemunhas.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República em São Paulo

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