´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

sábado, 1 de março de 2008

Ministro Mello, do STF, diz estranhar 'acidez' de Lula

BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello - também ministro Supremo Tribunal Federal (STF) - disse hoje que estranhou a "acidez" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao criticar o Judiciário. "Na nossa área jurídica há um fenômeno que é denominado o direito de espernear. Aqueles que se mostrem inconformados por isso ou por aquilo eles têm o direito de reclamar. Eu só estranhei a acidez do presidente", afirmou.

Nesta semana, Marco Aurélio disse que o programa Territórios da Cidadania, lançado pelo governo para beneficiar 958 municípios com R$ 11,3 bilhões de investimentos, poderia ser questionado no TSE pela oposição. De acordo com Marco Aurélio, a lei veda a criação de benefícios em anos eleitorais para evitar desequilíbrios nas eleições. "O que se quer é a simples continuidade e não a outorga de benesses para alcançar-se um determinado fim."

Lula, porém, criticou a opinião no discurso de lançamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Sergipe. "É preciso perguntar a quem falou essa sandice se ele quer ser ministro da Suprema Corte ou político. Se quer ser político, renuncie lá e se candidate a um cargo para falar as bobagens que quiser, na hora que quiser, mas não ficar se metendo nas políticas do governo federal", disse o presidente.

"Mais uma vez constatamos que estamos vivendo numa Democracia, na qual a liberdade de expressão é mola-mestra. Ele verbalizou o que quis verbalizar, nós ouvimos e ponderamos e chegamos a nossas conclusões. E evidentemente cada qual tem que cumprir seu dever de acordo com sua ciência e sua consciência. E ninguém, absolutamente ninguém, enquanto vivenciarmos a Democracia, pode tudo, nem mesmo o presidente da República", disse.

Agência Estado

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