"Não há mais sentido em que essas fundações de apoio ocupem o espaço público e desempenhem atividades empresariais". A afirmação foi feita nesta terça-feira (4) pelo promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), Gladaniel Palmeira de Carvalho, que prestou esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não-Governamentais sobre o processo que tramita no âmbito do Ministério Público com o objetivo de investigar a má utilização de recursos públicos por parte da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), ligada à Universidade de Brasília (UnB).
Segundo denúncias publicadas pela imprensa, a Finatec teria liberado R$ 470 mil de recursos públicos destinados à pesquisa científica para a compra de móveis de luxo para o apartamento funcional ocupado pelo reitor da UnB, Timothy Mulholland.
Segundo Gladaniel, a legislação que criou essas fundações tem origem na ditadura, quando se justificava a necessidade de existência desse tipo de instituição para captar recursos públicos para as universidades sem a necessidade de tantas exigências contratuais.
- Esse sistema precisa necessariamente passar por uma urgente reforma, pois essas fundações, hoje, não contribuem para a pesquisa e a extensão universitária, como deveria ser seu objetivo. Isso é claro quando observamos a deficiência das nossas universidades e laboratórios de pesquisa - afirmou o promotor.
Agência Senado
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