´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

domingo, 12 de outubro de 2008

''Estou chocado'', diz fiscal que teria sido alvo de Valério

"Eu nem sabia quem estava por trás desse negócio, eu não tinha nem idéia do que estava acontecendo, estou chocado, Deus me livre", desabafou Eduardo Fridman, agente fiscal de rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, alvo, segundo a Polícia Federal, de uma farsa montada pelo empresário Marcos Valério, operador do mensalão. Valério foi preso durante a Operação Avalanche, da PF, na sexta-feira, acusado de envolvimento em fraudes tributárias, corrupção ativa e formação de quadrilha para extorsão de empresários em débito com o Tesouro. Indiciado no sábado, o empresário nega envolvimento no esquema.

Fridman, de 48 anos, é formado em Engenharia Mecânica, casado. Tem 3 filhos. Em 1997 ele passou no concurso para fiscal, carreira que assumiu no ano seguinte. Desde 2002 atua como supervisor de Fiscalização da Diretoria Executiva de Administração Tributária (Deat) da Fazenda. Seu trabalho consiste basicamente no planejamento de fiscalização. São três as áreas sob seu crivo: bebidas, alimentos e produtos farmacêuticos.

O embuste contra Fridman e um colega dele, o fiscal Antonio Carlos de Moura Campos, foi descoberto por acaso pela Inteligência da PF e pela Procuradoria da República. A investigação sobre o sumiço de R$ 600 mil que haviam sido apreendidos no Bingo Matarazzo, em São Paulo, levou à identificação de agentes federais envolvidos com Valério, que caiu no grampo da PF supostamente articulando uma trama para desmoralizar Fridman e Moura, que é diretor-adjunto da Deat. "Ele (Moura) é meu superior hierárquico, ingressou na Fazenda em 1983. É um ícone da fiscalização."

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do Jornal o Estado de S.Paulo

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