Ano novo, carro novo! Essa pelo menos é a expectativa de milhares de brasileiros no início de cada ano. Mas esse privilégio é para poucos. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) empenhou (reservou em orçamento), no último dia 29, pouco mais de R$ 2 milhões para a compra de 18 veículos modelo ômega (veja nota de empenho). Cada veículo custará R$ 113,2 mil e servirá para atender a 18 dos 33 ministros do tribunal.
Os empenhos informam que a compra do STJ foi realizada por meio de pregão eletrônico. A licitação, que de acordo com a assessoria de comunicação atraiu diversas montadoras, foi vencida pela General Motors, que teria feito o menor lance para conquistar o direito de venda. No edital, algumas exigências para a aquisição do modelo tipo sedan longo e executivo: acionamento elétrico dos vidros, ar condicionado com controle eletrônico de temperatura, air-bags frontais e laterais, bancos em couro preto ou cinza com regulagem lombar e de altura, além da barra de proteção contra impactos laterais no interior das portas.
Segundo a assessoria do tribunal, os modelos dos ômegas serão utilizados por apenas 18 ministros do STJ. A justificativa para a imediata substituição, apesar dos tempos de crise, é a de que os modelos antigos com mais de cinco anos de uso têm oneroso custo de manutenção que aumenta a cada ano. De acordo com o tribunal, os veículos substituídos serão leiloados “conforme estabelece a norma”.
Mas o cientista político Antônio Flávio Testa questiona o custo de manutenção dos veículos usados e acredita que trata-se de mais um desperdício de dinheiro público. “Se os veículos só podem ser usados em horário e rota oficial, é difícil acreditar que um carro destes tenha mais de 50 mil Km rodados, sobretudo numa cidade como Brasília”, destaca Testa.
do contas abertas
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