As fundações de apoio às universidades federais se esforçam para se esconder dos holofotes. Mas ao que tudo indica ainda tem muita luz acesa. Depois da lixeira de luxo que fez o reitor da Universidade de Brasília Timothy Mulholland deixar o cargo, o Ministério Público Federal resolveu aprofundar as investigações. Agora promotores de todo o país trocam informações e montam um banco de dados com as principais irregularidades. E o que chama mais atenção é que a maneira de administrar recursos públicos encontrada Brasil a fora é bem semelhante.
Fontes do MPF sustentam que em breve o resultado desse trabalho começará a aparecer com ações penais e cíveis chegando à Justiça. Nas apurações, o que se tem encontrado é o mesmo tipo de prática. As fundações fecham convênios e terceirizam serviços, como consultorias externas, para empresas comandadas pelos dirigentes das próprias fundações ou pessoas ligadas a eles, como professores universitários.
Estão sob suspeita fundações com vínculos nas Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desde 1999, elas receberam do governo R$ 2,7 bilhões para serem aplicados em pesquisa. Só resta saber se o dinheiro teve o destino esperado.
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