Brasília - Por causa de depoimentos marcados por contradições, a presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), quer votar hoje (21) uma acareação entre o ex-secretário de Controle Interno da Presidência da República, José Aparecido Nunes, e o assessor do senador do PSDB Álvaro Dias (PR), André Fernandes.
A senadora disse que, sem a acareação, fica inviabilizada a investigação sobre "o dossiê, quem mandou fazer e dos recursos usados no Palácio do Planalto". Ela acrescentou que, caso os dois, José Aparecido e André, não sejam colocados frente a frente, a tendência é de que os trabalhos da comissão entrem em fase final.
Na sua opinião, o uso desse instrumento é fundamental para que se aponte as responsabilidades pela elaboração do banco de dados sobre os gastos do governo Fernando Henrique Cardoso.
"Os depoimentos são divergentes em vários pontos, então nada melhor do que colocar um na frente do outro", afirmou.
Uma das divergências nos depoimentos prestados hoje por José Aparecido e André Fernandes é quanto à informação sobre quem teria decidido elaborar o banco de dados. O assessor de Álvaro Dias afirmou que, numa conversa, José Aparecido teria dito que a responsável seria a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Já o ex-secretário desmente tal afirmação.
O relator da CPI mista, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), pensa diferente da senadora Marisa Serrano. Ele afirmou que votará contra a acareação porque considera que os dois depoentes apresentaram-se com estratégias claras em seus argumentos.
"O que posso concluir é que ambos seguiram uma estratégia dos advogados de defesa e pouco acrescentaram. Fico convicto que, com essa questão relativa ao vazamento de informação, o determinante será o inquérito conclusivo da Polícia Federal", afirmou Luiz Sérgio.
da Agência Brasil
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