Os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Indio da Costa (DEM-RJ) apresentaram, ontem, os documentos que comprovam que dados similares aos que foram selecionados para o dossiê contra FHC foram retirados dos relatórios das contas do presidente Lula enviados à CPI.
Segundo a planilha distribuída pelos parlamentares, foram 1.016 transações no Banco do Brasil com cartões corporativos, dessas, 431 são saques na boca do caixa, o que impossibilita saber onde o dinheiro foi gasto. "Aquilo que do Governo FHC foi pinçado para elaboração do dossiê, foi excluído das contas do presidente Lula", reclamou Sampaio.
O tucano explicou que, no dia 30 de janeiro, a Controladoria Geral da União (CGU) encaminhou ofício ao Banco do Brasil, dizendo quais dados eram sigilosos. No dia 4 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu os dados, quando ainda estavam incluídos os 1.016 itens, posteriormente suprimidos.
Em 7 de abril, quando a comissão solicitou os documentos, as transações foram excluídas. Sampaio relata que, ao indagar membros do Banco do Brasil sobre o motivo da retirada de dados, teve como resposta que o funcionário havia recebido ordens para proceder de tal maneira. "Isso, em tese, é crime de falsidade material", acusou o deputado.
Em resposta às acusações, os governistas defendem que a comissão encaminhe apenas um pedido de informações ao banco, por isso, recusaram a convocação, ontem. Sampaio afirmou que a rejeição do requerimento mostra que o Governo "tem algo a esconder". "Me assusta a postura de não aprovar a vinda de um diretor. A partir de agora passo a duvidar sim do Banco do Brasil", enfatizou.
do Jornal de Brasilia (DF)
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