´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

sábado, 3 de maio de 2008

Justiça abre processo contra 13 acusados no caso BNDES

SÃO PAULO - Treze pessoas investigadas pela Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que investiga prostituição, tráfico de pessoas, fraudes em financiamentos do BNDES e lavagem de dinheiro, serão processadas, segundo informações do Ministério Público Federal. Uma parte do grupo é acusada de pertencer a um esquema montado para fraudar empréstimos do BNDES, e outra responderá pela exploração da prostituição e tráfico de mulheres.

A denúncia do MPF foi aceita nesta sexta-feira, 2, pelo juiz substituto Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, que abriu o processo.


O juiz acolheu em parte a manifestação da procuradora da República Adriana Scordamaglia, responsável pelo caso, e decretou a prisão preventiva de três dos acusados, José Carlos Guerreiro, Marcos Vieira Mantovani e João Pedro de Moura, mas negou o pedido de prisão contra o advogado Ricardo Tosto, conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, solto no último dia 26 de abril, durante o plantão judiciário.

O réu Manuel Fernandes Bastos Filho, dono da casa de prostituição WE e articulador do esquema de mascaramento das fraudes nos financiamentos, já teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal de ofício, em virtude de não ter sido encontrado. Ele está foragido.

O MPF requereu também a remessa da cópia integral dos autos ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e ao Supremo Tribunal Federal, "por haver, até o momento, apenas suspeitas do envolvimento do prefeito da Praia Grande Alberto Mourão e do deputado Federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, nos crimes retratados na denúncia". Mourão e Paulinho são autoridades que gozam de foro privilegiado, mas ambos são citados pelos réus em várias conversas interceptadas.

do estadao.com.br

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