O agente aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio do Nascimento negou, nesta quarta-feira, participação em escutas telefônicas da Polícia Federal (PF) e reiterou que a sua função na Operação Satiagraha era separar e-mails, datados de 2004, por tema. Ele afirmou que não teve acesso a detalhes da operação e que não sabia das atividades desenvolvidas pelos funcionários da PF e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que compartilhavam, com ele, o espaço de uma sala na sede da PF, em Brasília.
"A Satiagraha durou quatro anos, e eu só desenvolvi funções burocráticas nos últimos cinco meses. Além disso, o delegado Protógenes Queiroz [chefe da operação] era adepto da compartimentação total dos trabalhos - o que uma pessoa faz não é compartilhada com outra - e não cabia a mim ficar perguntando", declarou Ambrósio, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas. "Nego peremptoriamente a acusação de ter realizado escutas telefônicas legais ou ilegais, sobretudo contra o ministro Gilmar Mendes [presidente do Supremo Tribunal Federal] e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), e não tenho idéia de quem fez", ressaltou.
Leia + Aqui
da Agência Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário