A Comissão Parlamentar de Inquérito das Organizações Não-Governamentais (CPI da ONGs) tem reunião marcada para esta quarta-feira (27), às 11h, a fim de analisar e votar uma pauta de 78 requerimentos. A maioria das proposições refere-se à convocação de representantes legais de instituições sem fins lucrativos para que expliquem o destino de recursos públicos recebidos.
Criada para apurar a liberação, pelo governo federal, de recursos públicos para organizações não-governamentais (ONGs) e para organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), a CPI também tem por objetivo investigar a utilização, por essas entidades, desses recursos e de outros por elas recebidos do exterior, a partir do ano de 1999 até a data de 8 de novembro de 2007.
Na reunião marcada para esta quarta-feira, também deverão ser analisados pedidos para que órgãos do Poder Executivo e até mesmo a Presidência da República expliquem os critérios adotados para o repasse de verbas a determinadas ONGs, bem como prestem informações relativas a programas sociais, prestação de contas, critérios de escolha e ainda a relação de todas as ONGs que tenham recebido recursos para aplicação em determinados programas.
Há ainda vários requerimentos com solicitações de transferência, para a CPI, de sigilos bancários e fiscais de associações e entidades sem fins lucrativos, bem como pedidos para que a Receita Federal encaminhe os dados cadastrais de entidades sem fins lucrativos que receberam recursos a partir de 1999, período investigado pela CPI.
UnB
Os senadores membros da CPI deverão analisar também requerimentos de convocação do reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, e do presidente da Finatec, Antônio Manoel Dias Henrique, a fim de que se manifestem sobre denúncias de uso de recursos públicos para mobiliar o apartamento funcional ocupado pelo reitor. De acordo com essas denúncias, que vêm sendo divulgadas pela imprensa, a universidade teria repassado, por meio da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), R$ 470 mil para a compra de móveis de luxo para o apartamento do reitor.
Entre outros requerimentos destinados à apuração desse caso, há ainda uma solicitação ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF) para que encaminhe à CPI o teor de todas as ações e investigações movidas contra a Finatec com o objetivo de apurar as supostas irregularidades.
da Agência Senado
Nenhum comentário:
Postar um comentário