´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Serra nega relação de notas frias com campanha de 2002

Governador de SP diz que teve contas aprovadas e problemas se restringem apenas à empresa Gold Stone

SÃO VICENTE, SP - O governador José Serra (PSDB) disse nesta quinta-feira, 21, em São Vicente, na Baixada Santista, que os problemas da empresa Gold Stone Publicidade e Propaganda com a Receita Federal restringem-se à empresa e não dizem respeito à sua campanha para a Presidência da República em 2002 nem mesmo ao PSDB.

"A campanha teve suas contas aprovadas integralmente. Agora, se uma ou outra empresa não pagou imposto. Se ela, a empresa, trabalhou para campanha, trabalhou para o partido, e não pagou imposto, o problema é dela. É como você comprar uma cocada, na estrada, e quem vendeu não pagou imposto, a responsabilidade é da pessoa, não é de quem comprou", exemplifica Serra que cita ainda as compras em uma loja.

Na última terça-feira, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que o PSDB teve sua imunidade tributária suspensa e foi autuado em R$ 7 milhões pela Receita Federal, acusado pelo órgão de usar notas fiscais frias, emitidas por uma empresa fantasma e por outra inidônea, em 2002, durante a campanha presidencial do hoje governador José Serra (PSDB). O valor total das notas fiscais é de R$ 476 mil.

O governador insiste ainda que os serviços da Gold Stone foram contratados pelo partido e que as despesas foram atribuídas "equivocadamente" à sua campanha. "Portanto, esses eventos na verdade não são da campanha, são do partido, e no que se refere à campanha foi tudo aprovado, direitinho, pelo Tribunal Superior Eleitoral já há muitos anos", explica.

A Gold Stone é apontada pela Receita Federal como uma das empresas com problemas nas notas fiscais utilizadas pelo Comitê do PSDB na campanha de Serra em 2002. Criada em 1996, a empresa nunca teria recolhido impostos federais, inclusive o referente ao pagamento de R$ 251 mil que recebeu do comitê tucano na ocasião, conforme registra o site do TSE.

O governador realizou visita durante a tarde em São Vicente, onde conheceu o prédio do antigo Colégio Grupão, construído há 110 anos. Após algumas reformas, o local vai abrigar a primeira Escola Técnica (ETE) do município.

Agência Estado

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