Confusão entre tucano e peemedebista começou depois da sessão que formalizou a criação da CPI dos Cartões
BRASÍLIA - Depois de uma sessão esvaziada do Congresso, na qual foi lido o requerimento de criação da CPI dos Cartões Corporativos, os senadores Mário Couto (PSDB-PA) e Gilvan Borges (PMDB-AP) discutiram no plenário do Senado e chegaram a trocar empurrões. A confusão entre os dois começou depois do discurso de Mário Couto defendendo a CPI. Ele desceu da tribuna do Senado e, com dedo em riste, gritou para Gilvan: "Você nunca mais vai fazer isso. Você tem de respeitar a oposição. Você é um safado".
Imediatamente, Gilvan retrucou aos berros. "Vossa Excelência é um vagabundo, demagogo". Neste momento, os dois trocaram empurrões. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) agarrou Mário Couto tirando-o do plenário, que ainda berrou para Gilvan: "Incompetente". Mario Couto ficou irritado com as críticas pejorativas de Gilvan Borges à CPI dos Cartões Corporativos.
O presidente do Congresso, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), leu nesta quinta-feira o requerimento que cria a CPI mista que vai investigar durante 90 dias os gastos com os cartões corporativos do governo. Agora, os líderes de cada partido têm que fazer suas indicações para a instalação da CPI, que será integrada por 11 deputados e 11 senadores.
A oposição ameaça não indicar ninguém em protesto contra o controle do comando da CPI pelo governo. O PMDB indicou o senador Neuto de Conto (SC) para a presidência, e o PT sugeriu o deputado Luiz Sérgio (RJ) para a relatoria. "Se eles não indicarem, nós indicaremos", disse Garibaldi Alves, que espera ver a CPI instalada na próxima semana.
Entre os parlamentares, se cogitou a hipótese de o PMDB abrir mão da presidência para o PSDB, acalmando a oposição e enterrando uma segunda CPI, que os oposicionistas protocolaram no Senado. "Até o momento não (existe essa hipótese), porque o Neuto de Conto tomou gosto. Mas vamos ver, na política não existem portas fechadas. Sempre há possibilidade de entendimento", disse o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO).
da Agência Estado com Reuters
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