´´De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.`` Rui Barbosa

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

'Não tenho tempo a perder com CPI dos cartões', diz Lula

Presidente diz, no entanto, que governo fará 'tudo que for possível' para contribuir com as informações

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, 19, que as investigações que forem abertas pela CPI dos cartões corporativos devem permanecer no âmbito do Legislativo. Lula, que passa o dia cumprindo uma série de agendas em Espírito Santo, afirmou que a tarefa do governo é manter os trabalhos do Executivo.
"Eu confesso a vocês que não tenho tempo a perder com CPI", disse o presidente. No entanto, ele ponderou que o governo fará "tudo o que for possível" para contribuir com todas as informações" que venham a ser solicitadas pela Comissão.
"Eu sou da tese que o Congresso Nacional existe para legislar, fazer CPI, investigar, e o governo existe para trabalhar". Lula, que durante a manhã participou de dois eventos em Vitória (ES), disse que enquanto a CPI estiver em andamento, sua preocupação será a de aproveitar o momento "extraordinário" que o Brasil vive.
"Enquanto as pessoas discutem lá em Brasília, enquanto investigam, enquanto fazem CPI, meu papel vai ser viajar pelo Brasil porque o que eu quero é que o povo brasileiro possa conquistar com o crescimento e o desenvolvimento da cidadania que há séculos a gente está reivindicando", declarou.
Questionado sobre a notícia de que o Planalto estaria elaborando um dossiê com informações sobre gastos do atual governo e da gestão de Fernando Henrique Cardoso, Lula rebateu: "Isso não procede, eu aprendi neste tempo de governo que tem muitas coisas que procedem, e tem coisas que não procedem".
De acordo com Lula, o governo federal atenderá aquilo que for reivindicado pela CPI. "Na medida em que ela (a Comissão) sinta a necessidade de ter algum documento, que peça ao governo, se o governo tiver condições de oferecer, oferecerá", finalizou.


Estado de S.Paulo

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